segunda-feira, 28 de abril de 2008

A evolução da coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos urbanos no Brasil


Matéria publicada no site http://www.ambienteemfoco.com.br/
Abril/2008

Resumo
Com a coleta seletiva o que era lixo se transforma em matéria-prima, em novo insumo para indústria, sendo re-introduzido no ciclo produtivo. A coleta seletiva no Brasil tem sido mais intensa nos últimos 7 anos e tende a crescer com o envolvimento da população, tanto no processo de seleção do lixo em casa quanto na cobrança de ações pró-ativas por parte dos governantes. Os programas de maior êxito são os de parcerias entre prefeituras e cooperativas de catadores.
No Brasil, a reciclagem de lixo gira em torno de 12%, porém alguns materiais tais como latinhas de alumínio, papelão e plástico tipo PET apresentam índices equivalentes aos mais elevados do mundo. O interesse pela reciclagem de pneus também tem avançado, com investimentos na área para reaproveitamento da borracha para diversos fins. A reciclagem de eletroeletrônicos começa a avançar, dependendo ainda de incentivos do governo.

Análise Crítica

O artigo nos mostra que o Brasil está em uma posição melhor do que muitos de nós pensávamos em relação á reciclagem e á coleta seletiva de lixo. Além dos benefícios ambientais, destaca também a geração de empregos e renda para as camadas menos favorecidas, principalmente os catadores de materiais recicláveis.
Apesar de tratar o assunto de uma forma positiva, deixa claro que é preciso avançar mais, por uma melhoria contínua deste sistema. A população está cada vez mais consciente da necessidade de reaproveitamento, passando a cobrar dos órgãos competentes maior envolvimento com as causas sócio-ambientais.
Artigos como este é importante para tomarmos conhecimento do que está sendo feito neste campo tão vasto, e principalmente para termos consciência de que muito ainda pode ser feito, agindo e cobrando ações dos órgãos públicos.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cana invade zona biodiversa do cerrado




















Folha de São Paulo – 12 de abril de 2008
Autor: Pablo Solano

Resumo
Segundo dados do Instituto, Sociedade, População e Natureza (ISPN) 142 mil hectares de cerrado, considerados prioritários em termos de conservação foram transformados em canavial na safra 2006/2007.O cerrado é o segundo bioma mais ameaçado pelo desmatamento no Brasil, ficando atrás somente da mata atlântica. Ambientalistas temem que a febre dos biocombustíveis acelere a devastação empurrando a pecuária para a região da Amazônia. De acordo com um mapeamento feito através de um sistema de sensoriamento remoto, oito estados brasileiros devem receber prioridade para o estabelecimento de unidades de conservação. A lista é liderada por São Paulo, seguido por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso de Sul. A solução depende de políticas do governo para incentivar a expansão da cana em áreas subutilizadas.
Em Sertãozinho (SP), duas áreas prioritárias para a preservação estão sendo ocupadas pela cana. Na região de Goianésia (GO) é onde existem mais áreas com características originais do cerrado que podem ser desmatadas.
Segundo o coordenador de políticas públicas de ISPN, Nilo D'ávila o efeito sobre a Amazônia seria indireto, por ser uma região de clima desfavorável a produção de cana. E de acordo com entidades ligadas ao setor canavieiro o desmatamento seria “insignificante”, pelo fato da produção ter aproveitado áreas destinadas á pecuária.

Análise Crítica
Toda atividade produtiva deve promover a geração de trabalho e renda de forma sustentável, inclusiva e participativa, considerando as características locais, de natureza econômica, social, política e ambiental. O autor demonstrou preocupação com o cerrado, segundo bioma mais ameaçado de desmatamento e muitas vezes esquecido nas questões ambientais em comparação com a mata atlântica. . Na matéria ficou claro a ameaça da produção canavieira ao cerrado, devido principalmente à febre dos biocombustíveis. Num texto complementar á matéria, também fica esclarecido que a preocupação com os efeitos sobre a Amazônia por parte dos ambientalistas não é justificável devido ao clima desfavorável e ao fato do aproveitamento de áreas antes destinadas á pecuária. A matéria traz dados numéricos concretos feitos por órgãos dedicados a questões ambientais sobre o quanto a produção de cana avançou em diversos estados brasileiros do sudeste e centro-oeste.

sábado, 5 de abril de 2008

Oceano de Plástico


Autores: Paula Neiva e Roberta de Abreu Lima
Revista Veja Edição 2050 de 05 de março de 2008

Resumo
Estudos realizados pelo Greenpeace relatam sobre a poluição dos oceanos produzida pelos seres humanos, mais especificamente sobre a poluição decorrente da elevada concentração de plástico nos mares. Os mais afetados por essa poluição são os pássaros e mamíferos marinhos que se alimentam desses resíduos julgando tratar-se de alimentos.
Vale ressaltar o caso do atol de Midway, próximo ao Havaí, onde, devido às correntes marinhas, é despejado diariamente o entulho plástico proveniente do Japão e da costa Oeste dos Estados Unidos. Isso faz com que todo ano, metade dos 500.000 albatrozes que lá nascem, seja morta devido à ingestão de plástico.
O problema maior não são os plásticos comuns, são os pellets, bolinhas quase invisíveis utilizadas como matéria prima pelas indústrias, que envenenam os cardumes que a ingerem.
Conclui-se que os oceanos estão sendo degenerados pela ação humana, restando apenas 4% de águas não poluídas em todo o mundo.

Análise crítica
A matéria é expositiva, ou seja, coloca os fatos para que o leitor tenha conhecimento dos mesmos. Nesse tipo de reportagem, a crítica fica implícita nos fatos expostos e na maneira em que são colocados. Supõe-se que matérias expositivas sejam imparciais mas, diante dos olhos do leitor mais atento até mesmo nesta espécie jornalística é possível detectar algum resquício de parcialidade.
Obviamente, visto que o conteúdo condena a degradação ambiental, não se espera que o agente poluidor tenha qualquer razão plausível para realizar tal ato evidentemente condenável. Porém, na matéria, empresas consideradas poluidoras, apesar de não terem seus nomes explicitados, são conhecidos do publico mais bem informado, e estas não tiveram espaço para colocar seus porquês. Isso, por si só, apesar de algo levemente subjetivo, pode ser considerado uma lacuna na reportagem devido ao fato de a outra parte envolvida não ter sido ouvida.
A matéria pode sim ser considerada conservadora. Isso porque não foi feita nenhuma grande denuncia, não foi citado o nome de nenhuma empresa e não reputou a algum empresário especifico.