sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Resenha dos Capítulos V e VI (pág. 89 a 121)


Referência bibliográfica do livro:SILVA, Christian Luiz da Silva (organizador). DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – Um modelo analítico integrado e adaptativo. Petrópolis, RJ: Editora Vozes Ltda, 2006.


O capítulo V trata da relação entre economia e desenvolvimento sustentável visando à construção de uma sociedade mais justa no decorrer do tempo. Para isso procurou-se relacionar os interesses econômicos com os interesses dos demais aspectos apresentados no conceito de sustentabilidade, sugerindo alternativas sustentáveis para os diversos dilemas e paradoxos que envolvem a interface dos interesses econômicos com a saúde, a educação, a cultura e o meio ambiente.
No cenário atual a qualidade de vida é frequentemente sacrificada em nome de uma noção vagamente definida de progresso. As decisões relacionadas ao uso dos recursos são tomadas em benefícios de alguns poucos em curto prazo, ao invés de todos, em longo prazo. Deve-se portanto buscar a harmonia entre os setores da sociedade, de modo local e depois globalmente. De fato, em um mundo que se transformou numa aldeia global, cooperação é o único meio de sobrevivência.
O equilíbrio entre a dimensão econômica e as demais dimensões da sustentabilidade surge como uma alternativa absolutamente fundamental para a manutenção de vida. Portanto, deve-se incentivar a tomada de ações que tragam resultados palpáveis, que permitam o progresso econômico e o aprimoramento da qualidade de vida das pessoas, sem prejudicar as futuras gerações.
O capítulo VI discute a relação entre sustentabilidade e educação, fazendo paralelos desta com as dimensões econômicas, espacial, cultural e da saúde. Os progressos alcançados pela sociedade do conhecimento, o esgotamento de recursos e os danos provocados ao meio ambiente devido ao processo produtivo, na busca de enriquecimento fizeram no mínimo questionar os modelos econômicos atualmente empregados.
As distorções causadas pelos modelos adotados acabam por fazer emergir problemas sociais graves tais como a pobreza, a fome, a miséria e que acabam por traduzir-se em violência, perceptíveis em todas as camadas sociais. Para que ocorra essa transformação, no modelo econômico, ou para ao menos garantir essa sustentabilidade é que a educação desempenha um papel fundamental em todas as camadas da população. A educação diz respeito a todos e no decorrer de toda a vida.
O surgimento de um novo paradigma educacional na sociedade do conhecimento pôs à mostra as interfaces da educação com as demais dimensões da sustentabilidade. Com base em uma nova visão de educação, surgem propostas e preocupações que podem assegurar o desenvolvimento de uma região de forma holística, total, integrada. As leis, projetos e decisões devem ser adotados, alicerçados nessas perspectivas. Não há ações independentes, pelo contrário, a preocupação em perceber as interfaces será condição para eficácia das medidas adotadas.

Matéria: Desmatamento gera mais perdas para economia do que mercados, diz estudo
http://www.folha.com.br/
Richard Black da BBC News
10 de outubro de 2008

Resumo
Segundo a matéria publicada por Richard Black da BBC News a economia vem tendo perdas maiores com o desmatamento do que com a crise econômica nos dias de hoje. Isto porque quando as florestas são destruídas, a natureza pára de fornecer serviços que normalmente oferecem de graça como água limpa e a absorção do dióxido de carbono.. Sendo assim o homem tem de passar a produzir tais serviços seja pela construção de reservatórios ou de estruturas para seqüestrar dióxido de carbono ou áreas para o plantio que antes estavam disponíveis naturalmente. Como sempre, os mais atingidos pela degradação do ambiente são os mais pobres.

Análise Crítica
Os arguementos apresentados na matéria vem de encontro aos fatos citados pelo autor do livro. Enquanto de um lado temos os economistas que defendem o uso dos recursos naturais para alavancar o desenvolvimento econômico, temos do outro lado os ambientalistas que defendem a preservação dos recursos naturais, que são escassos, com foco na preservação das vidas futuras. É preciso buscar-se um ponto de equilíbrio entre desenvolvimento e preservação. Uma possibilidade seria o estabelecimento de políticas de geração de riquezas, tendo como base o risco de exaustão total que os recursos escassos têm. Como a implantação dessas políticas é feita de forma lenta, seria interessante o fortalecimento de programas como a reciclagem do lixo, o reflorestamento, o controle da emissão de CO2, etc.

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