quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cana invade zona biodiversa do cerrado




















Folha de São Paulo – 12 de abril de 2008
Autor: Pablo Solano

Resumo
Segundo dados do Instituto, Sociedade, População e Natureza (ISPN) 142 mil hectares de cerrado, considerados prioritários em termos de conservação foram transformados em canavial na safra 2006/2007.O cerrado é o segundo bioma mais ameaçado pelo desmatamento no Brasil, ficando atrás somente da mata atlântica. Ambientalistas temem que a febre dos biocombustíveis acelere a devastação empurrando a pecuária para a região da Amazônia. De acordo com um mapeamento feito através de um sistema de sensoriamento remoto, oito estados brasileiros devem receber prioridade para o estabelecimento de unidades de conservação. A lista é liderada por São Paulo, seguido por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso de Sul. A solução depende de políticas do governo para incentivar a expansão da cana em áreas subutilizadas.
Em Sertãozinho (SP), duas áreas prioritárias para a preservação estão sendo ocupadas pela cana. Na região de Goianésia (GO) é onde existem mais áreas com características originais do cerrado que podem ser desmatadas.
Segundo o coordenador de políticas públicas de ISPN, Nilo D'ávila o efeito sobre a Amazônia seria indireto, por ser uma região de clima desfavorável a produção de cana. E de acordo com entidades ligadas ao setor canavieiro o desmatamento seria “insignificante”, pelo fato da produção ter aproveitado áreas destinadas á pecuária.

Análise Crítica
Toda atividade produtiva deve promover a geração de trabalho e renda de forma sustentável, inclusiva e participativa, considerando as características locais, de natureza econômica, social, política e ambiental. O autor demonstrou preocupação com o cerrado, segundo bioma mais ameaçado de desmatamento e muitas vezes esquecido nas questões ambientais em comparação com a mata atlântica. . Na matéria ficou claro a ameaça da produção canavieira ao cerrado, devido principalmente à febre dos biocombustíveis. Num texto complementar á matéria, também fica esclarecido que a preocupação com os efeitos sobre a Amazônia por parte dos ambientalistas não é justificável devido ao clima desfavorável e ao fato do aproveitamento de áreas antes destinadas á pecuária. A matéria traz dados numéricos concretos feitos por órgãos dedicados a questões ambientais sobre o quanto a produção de cana avançou em diversos estados brasileiros do sudeste e centro-oeste.

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